quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ciclos - e a vida renasce!

Counting My Fingers by Maz Totterdell on GroovesharkJá sabe do PLAY, né?


Você já reparou que na natureza tudo tem um tempo de acontecer?

Um ornitorrinco vive de 10 a 15 anos. A Ordem dos efemerópteros (um tipo de inseto) possui indivíduos que vivem cerca de 24 horas. Há uma espécie de água-viva que não morre.

Alguns afirmam que a árvore mais antiga do mundo possui 4.845 anos. Meus temperos não sobrevivem mais do que algumas semanas.

Mas há uma coisa a qual nenhum indivíduo, independente do tempo de vida, consegue escapar: as etapas que constituem o ciclo vital.

Você pode simplesmente lidar com elas aceitando que elas precisam acontecer ou você pode pular algumas. Ambas as decisões tem consequências. Basta você saber com quais vai querer conviver.



Escolhi escrever sobre isso porque, mais uma vez, estou passando por grandes mudanças na minha vida e conheço muitas pessoas que não sabem lidar com esse tipo de mudança.

Conheço algumas meninas que quiseram ser mulheres muito cedo e hoje sentem que falta alguma coisa. Conheço pessoas que não perceberam que algumas etapas já deveriam ter ficado para trás e dessa forma nossos caminhos se afastaram, por incompatibilidade mesmo. Mas como eu disse, cada uma dessas decisões tem consequências.

Eu entendo toda mudança como um ciclo, e algo a ser respeitado e creio que vivi cada etapa muito bem, extraindo o máximo de cada uma delas.

Acredito que a forma de se viver uma vida mais leve seja respeitando ciclos e etapas. Assim como na natureza tudo tem um ciclo, e precisamos entender que nossa vida, nossos planos e nossos sonhos tem ciclos também. Não acredito nessa visão onde todos nossos desejos devem ser realizados agora sem respeitar o tempo das coisas acontecerem. Acredito em etapas, em ciclos.

Devido a essa necessidade de alimentarmos desejos imediatistas acabamos pulando ou adiantando esses ciclos, o que, em algum momento pode causar frustração e aquela sensação de que falta algo.

Não adianta brigar com o que deveria ser natural. Há tempo de viver e de morrer, de ficar e de partir, de deixar ir e de perseguir. É assim, sempre foi. Dói? Sim, as vezes dói muito. Mas passa! É a mágica de deixar morrer para ver nascer o novo.

É o ciclo da vida!

Já tive que deixar a casa dos pais, amigos, cachorro, certezas e mais um monte de coisas para recomeçar em outro lugar. E logo terei que deixar algumas coisas para trás novamente - faculdade, empresa júnior, vida de morar com outras pessoas - mas é mais um ciclo. Eu poderia ficar? Sim, lógico que poderia. Mas um novo ciclo seria quebrado. E eu não quero perder nada da minha vida, nenhum ciclo.

Eu posso lutar contra isso e alguns poderiam dizer que eu até devo, mas eu prefiro deixar o ciclo acontecer. E por entender isso estou plenamente leve!

Esses dias li um texto e gostei muito dessa parte (texto completo aqui):
"Nas coisas que queremos e que gostamos, não suportamos o fim. Queremos eternidade naquilo que é finito. Nem tudo precisa morrer completamente (...) E se não morre o que precisa, vem a rigidez, o novo não nasce e a vida se vai..."

Então se conheça e tente entender seus ciclos. Se conheça e respeite seu tempo. A mudança é necessária para que a vida aconteça, para que a vida se renove. E a vida assim é leve.

Meu conselho: não tente engessar o tempo e nem adiantar o relógio. Deixe as coisas fluírem que todas as peças se encaixam - dentro do seu próprio tempo.

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