segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Nem Sempre Sou Igual no que Digo e Escrevo

Eu simplesmente amo esse texto que eu coloquei logo abaixo (provavelmente você já o conheça). Ele me faz lembrar que ao longo da vida a gente muda, mas no fundo, lá na essência nós somos os mesmos.



Nem Sempre Sou Igual no que Digo e Escrevo

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés —
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...

Alberto Caeiro


Quem vê as flores, não importa a situação, as reconhece como flores, pois o cheiro, a essência, continuam as mesmas.

Assim é nossa estrada: por mais que a gente mude e pareça outra coisa, vamos ser sempre nós mesmos, sobre os mesmos pés.

Eu sei que ao longo dos caminhos que eu escolher algumas mudanças vão ocorrer, mas eu escolhi ser EU, independente do que aconteça, porque mais do que fundamental do que não se perder no caminho é não se perder de si mesmo.


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