Sempre que eu digo que quero ser coaching as pessoas me perguntam várias coisas a respeito. Desde se isso "dá dinheiro" até qual a diferença entre o coaching e a psicologia.
Eu sempre tentei responder essas duas perguntas pautada em coisas que eu li e aprendi, mas sempre surgem várias outras perguntas. Assim, eu resolvi juntar algumas delas aqui e respondê-las.
Para isso eu pedi ajuda de dois coaches super queridos: a Carolina Nalon e o Felipe Nastari.
Eles se prontificaram a responder algumas das questões mais frequentes que podem surgir para quem ainda está conhecendo o coaching ou para quem já ouviu falar, mas ainda não sabe bem o que é.
Se, de repente, surgir qualquer outra pergunta é só enviar ali no menu "Me conte a sua história ou deixe sua pergunta". Ficarei super feliz em responder.
Se, de repente, surgir qualquer outra pergunta é só enviar ali no menu "Me conte a sua história ou deixe sua pergunta". Ficarei super feliz em responder.
Espero que gostem! Vamos lá?
1. Os benefícios para um coachee são inúmeros
e são extremamente fáceis de serem numerados e listados, mas quais são as
vantagens de ser um coache?
CAROLINA - Para
ser coach é importante que você tenha três valores principais: uma vontade
enorme de ajudar os outros, uma vontade pessoal de crescer como ser humano e
espiritualmente, e ter um interesse sincero pelas pessoas e seus sonhos. Eu
tenho muito forte todos esses três em mim e foi unicamente através do coaching
que pude satisfazer todos esses valores em uma só profissão. Eu tenho um
carinho enorme pelas pessoas que cruzam o meu caminho e o caminho da minha
empresa. E não tem dinheiro que pague a satisfação que um cliente tem com o seu
trabalho.
FELIPE - Acredito
que depende de cada um. Para mim, as vantagens são liberdade de poder montar
minha própria agenda, possibilidade de contribuir positivamente com o
desenvolvimento de vida das pessoas, utilizar minhas forças e talentos na
potencialidade máxima, lidar com pessoas, reconhecimento e realização
profissional, autoconhecimento, performance em meus negócios, clareza e
assertividade nos planejamentos e plano de ação.
2. Quais são as principais dificuldades pelas
quais um coach passa?
CAROLINA - No
início a principal dificuldade é aprender a empreender. Não basta ser um bom
coach, para ser coach no Brasil é importante ser um bom empreendedor e não são
muitas pessoas que estão dispostas a passar pelos desafios do empreendedorismo.
FELIPE - Ao
se tornar um Coach, você automaticamente se torna um empreendedor, e isso é um
desafio e tanto. Agora é você quem corre atrás dos clientes, e o seu sucesso
depende única e exclusivamente de você. Diferentemente de se trabalhar em uma
empresa, onde você consegue, de certa forma, se esconder e se manter em sua
zona de conforto, ao se tornar um Coach você passa a ter inúmeros desafios em
sua vida. Estratégias empresariais, marketing pessoal, finanças, negócios,
divulgação, vendas, relacionamento interpessoal, persuasão, etc., são itens
indispensáveis de aprender para ser um Coach de sucesso.
3. Quais são as diferenças entre o trabalho de um
coache e o trabalho e um psicólogo?
CAROLINA - A
resposta default é: o coaching é um processo mais pragmático, com início, meio
e fim e foco no futuro para que você conquiste um objetivo específico.
Agora, eu não
gosto muito de definir o que é terapia. Não sou terapeuta por isso não acredito
que tenho propriedade de encaixar a terapia em uma definição só. Existem muitos
tipos diferentes de terapia e cada uma tem sua própria definição, princípio,
etc. Existem terapias que estão mais próximas da proposta do coaching, por
exemplo, terapia cognitiva e psicologia positiva. As que experimentei até hoje
foram: bioenergética e a terapia tântrica. Gostei muito de ambas, que me
serviram para visualizar coisas da minha vida que o coaching não me faria
visualizar. Eu me interesso por tudo que tem a ver com autoconhecimento e acho
que esse deveria ser um dos principais investimentos que as pessoas fazem nelas
mesmas. Também acredito que para cada pessoa existe uma abordagem que funciona
mais, comigo é o coaching.
FELIPE - Um
Coach trabalha com um foco no futuro, leva o cliente do estado atual ao estado
desejado em um curto período de tempo, utilizando ferramentas específicas muito
mais voltadas ao autoconhecimento, clareza, especificação de objetivos e plano
de ação. Além disso, o trabalho de um Coach tem uma estrutura pré-definida, um
começo, meio e fim. Já o psicólogo tenta entender o passado do cliente para
ressignificar e elaborar experiências passadas, de modo que ele possa ter uma
vida melhor hoje, e esse processo pode durar anos.
4. Quando o coachee tem algum problema passado que
impede que ele tenha conquistas futuras (e isso acontece de monte), quem trata
disso, o coache ou o psicólogo? Ou os dois juntos?
CAROLINA - Acredito
que depende muito do escopo do problema. O psicólogo trata desses bloqueios de
uma forma muito mais profunda. No meu caso, minha especialidade é coaching de
carreira. Se o cliente teve um fracasso profissional no passado eu me sinto
habilitada para trabalhar esse bloqueio dele. No entanto, muitas vezes os
bloqueios são causados por experiências familiares, nesse caso eu indicaria um
psicólogo ou um coach relacional.
FELIPE - Se
realmente o impede de ir adiante, trabalhar antes com um psicólogo é altamente
recomendável, senão o processo de Coaching não terá nenhum resultado e sucesso,
e o fracasso do cliente, é o fracasso do Coach, então existem casos que o Coach
deve ser claro e encerrar um processo de Coaching caso o cliente não esteja
aproveitando o processo.
5. Em algumas profissões a conexão que se
estabelece entre ambas as partes (contratante e contratado) faz com que laços
sejam criados e os resultados comemorados. Com o coach é a mesma coisa?
Ele também sofre com as derrotas dos coachees e vibra com as suas vitórias?
Como é possível manter o equilíbrio emocional nesse trabalho?
CAROLINA - Hahahaha
Sim! Eu penso MUITO nos meus clientes. Todos os domingos à noite eu penso: “o
que vai acontecer com eles essa semana? Quais são as tarefas que eles vão ter
que fazer?”. Eu não acredito em derrotas, acredito em aprendizados por isso não
sofro com nenhum dos resultados dos meus clientes, mas certamente comemoro
quando vejo eles tendo atitudes corajosas e congruentes com quem eles
são/querem ser de verdade.
Meus clientes
nunca me desiquilibraram emocionalmente. Pelo contrário, tem dias que estou
super cansada antes da sessão e logo depois de atender alguém me sinto
reenergizada novamente. Doar-se para alguém é algo extremamente energizante e
gratificante. Se você sofre por causa dos resultados dos seus clientes acho que
você tem que resignificar o que um cliente representa para você. O papel do
coach não é salvar a vida de ninguém, se o cliente não faz o que ele se propõe
a fazer talvez ele não esteja preparado para passar por um processo de coaching
naquele momento.
FELIPE - Com
certeza, Coaching é igual à performance, resultados, conquistas, melhorias na
vida, etc., então com certeza cada vitória é comemorada. Eu não diria que um
Coach sofre com as derrotas de um Coachee, pois um dos pilares é a Melhoria
Contínua. Não nos deixamos abater, extraindo os aprendizados de cada
experiência mal sucedida do cliente. Quando ele aprende algo com aquilo,
definitivamente, não houve fracasso algum. Um Coach é orientado para o sucesso,
superação e conquistas. Não só isso, um Coach sabe muito bem o potencial que
existe ali dentro de cada cliente, e cabe ao Coach extrair o melhor de cada um.
Então se você está bem preparado e consegue fazer isso, não tem porque de
abater emocionalmente, você sabe que o resultado é uma questão de tempo.
6. E isso leva a outra pergunta: O quão bem o
coache deve conhecer o coachee? Como o coache descobre as limitações, medos e
vontades do coachee?(O que foi apontado é que tudo isso não fica no superficial
da pessoa. O que ela acha que quer e acha que consegue ou não consegue está
mais relacionado às limitações próprias que nem sempre são evidentes, então
como o coache lida com isso?)
CAROLINA - Acho
que quanto mais você conhece seu coachee melhor, no entanto, o papel do coach é
fazer com que o coachee se conheça, muitas vezes (na maioria) nem ele mesmo
sabe o que é ou o que quer! Então não dá para ter essa expectativa do “conte-me
quem você é para eu poder te ajudar” a ajuda é exatamente ajuda-lo a descobrir
quem ele é.
FELIPE - Precisamos
conhecer apenas o objetivo do cliente, a princípio. Ao especificar o objetivo
existem outras ferramentas onde iremos descobrir seus medos e limitações. Faz
parte do processo encontrar recursos que o levem a sua conquista, seja esse
recurso dinheiro, tempo, conhecimento, controle emocional, pessoas, etc., e a
partir dai definimos o que o coachee vai fazer para entrar em contato com o
recurso necessário, dando os primeiros passos em direção ao seu objetivo. Pode
ser que no meio do processo o cliente identifique que precisa fazer um curso
(de oratória, por exemplo, para lidar com o medo de falar em público), então é
uma tarefa do cliente. Não cabe ao Coach entender quando este trauma surgiu, o porquê
da pessoa ter medo, se ela foi rejeitada na infância, etc.
O que o
cliente ACHA ou não são, na maioria das vezes, crenças. Estas crenças podem ser
limitantes ou possibilitadoras, e se forem limitantes existem ferramentas
específicas para lidar com elas. Não existe nada que outro ser humano já conseguiu
que qualquer outra pessoa não consiga, então se o cliente ainda não adquiriu o
conhecimento e habilidade necessária para conquistar algo, vamos descobrir o
que é isto e como chegar lá da forma mais rápida e assertiva possível.
Agradecimentos:
Eu gostaria de super gradecer à Carol e ao Felipe pela grande ajuda e colaboração e por sempre doarem um pouquinho do escasso tempo que eles tem para falar comigo.
E gostaria de agradecer também ao meu queridíssimo amigo Plínio por ter me enchido de perguntas e colaborado para meu crescimento.
E também quero agradecer à todos aqueles que tem acompanhado o blog. Muito obrigada galera! Se tudo der certo logo menos terei notícias fantásticas para todos vocês...
E gostaria de agradecer também ao meu queridíssimo amigo Plínio por ter me enchido de perguntas e colaborado para meu crescimento.
E também quero agradecer à todos aqueles que tem acompanhado o blog. Muito obrigada galera! Se tudo der certo logo menos terei notícias fantásticas para todos vocês...
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